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Rússia lança dúvidas sobre participação do Estado Islâmico em atentado
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Foto: Yulia Morozova / Reuters -
E acusa Washington de acobertar a Ucrânia
A Rússia contestou nesta segunda-feira (25) as afirmações dos Estados Unidos de que o grupo militante Estado islâmico orquestrou um ataque a tiros em uma casa de shows nos arredores de Moscou, matando 137 pessoas e ferindo 182, acusando Washington de acobertar a Ucrânia.
No ataque mais mortal na Rússia em duas décadas, quatro homens invadiram o Crocus City Hall na noite de sexta-feira (22), atirando nas pessoas durante um show do grupo de rock da era soviética Picnic.
Quatro homens, pelo menos um deles do Tajiquistão, foram presos preventivamente sob. acusação de terrorismo. Eles compareceram separadamente, ao tribunal distrital de Basmanny, em Moscou, conduzidos por oficiais do Serviço Federal de Segurança.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque, uma alegação que os Estados Unidos (ELIA) disseram publicamente acreditar e o grupo militante desde então divulgou o que diz ser uma filmagem do ataque. Autoridades norte-americanas disseram ter alertado a Rússia sobre informações de inteligência a respeito de um ataque iminente mais cedo neste mês.
O presidente Vladimir Putin não menciona publicamente o grupo militante islâmico em conexão com os agressores, que, segundo ele estavam tentando fugir para a Ucrânia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, questionou as afirmações do EUA de que o Estados Islâmico, que já buscou o controle de áreas do Iraque e da Síria, estava por trás do ataque.
Em artigo para o jornal Komsomolskaya Pravda, ela disse que os EUA estavam evocando o "bicho-papão" do Estado Islâmico para cobrir suas "alas" em Kiev, e lembrou aos leitores que Washington havia apoiado os combatentes mujahideen, que lutaram contra as forças soviéticas na década de 1980.
Duas autoridades norte-americanas disseram na sexta-feira que os Estados Unidos tinham informações de inteligência que confirmavam a reivindicação de responsabilidade do Estado Islâmico.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou mais tarde aos repórteres que a Rússia não poderia comentar sobre a reivindicação do Estado Islâmico enquanto a investigação estresse em andamento, e não comentaria sobre a inteligência dos EUA, dizendo que se tratava de informações confidenciais.
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